Sex, 16 de Fevereiro 2018 - 16:21
Por: O Diário - 15,.02
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) irá questionar o comando da Polícia Militar a ação da tropa de choque durante a manifestação contra o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na terça-feira passada em frente à Câmara Municipal. Em dado momento, uma bomba foi atirada contra os populares, impedidos de entrar no Legislativo. Uma nota de repúdio à maneira como a Câmara Municipal tratou o manifesto também foi divulgada ontem pela entidade, que representa os professores da rede estadual de ensino.
Em uma nota sobre o episódio, a entidade repudia o fechamento das portas da Câmara. “Com as portas fechadas, apenas uma parte da população pode comparecer na galeria do plenário, o que não impediu que os trabalhadores das mais diversas camadas sociais e de diferentes idades fechassem uma das pistas da Avenida Narciso Yague Guimarães. Quando manifestantes tentaram fechar o outro lado, a Polícia nos recebeu com sua tropa de choque e enviou bomba para afastar os manifestantes que não arredaram pé. Curioso, minutos depois, a própria polícia desviou o trânsito fechando aquela parte da avenida. Dá pra ver bem como o poder público dialoga com o cidadão: fecha a “casa do povo”, os vereadores que aprovariam tal infame reajuste se esconderam de seus eleitores e ainda mandam a Polícia impor ordem de forma opressiva e truculenta”.
A entidade também repudia “a atitude do presidente da Câmara, Pedro Komura, que mandou fechar as portas da casa para a população bem como a atitude desmedida da Polícia Militar ao jogar bomba para cima dos manifestantes”. Nessa semana ainda, a presidente da entidade, Inês Paz, afirma que deverá solicitar ao comando da PM a seguinte informação: “de quem partiu a ordem para tomar tal atitude?”.
O segundo manifesto contra o reajuste do IPTU reuniu dezenas de pessoas em frente à Câmara Municipal, que se preparava para realizar a primeira sessão do ano, que foi aberta e imediatamente fechada. No dia seguinte, também diante de um grupo de manifestantes, a sessão aconteceu e aprovou o projeto de lei complementar que fixou o limitador para o reajuste do imposto em até 10%.