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Sex, 05 de Abril 2019 - 17:35

Centrais coletarão assinaturas contra o projeto da reforma da Previdência

Por: Thiago Navarro - Portal JCNet - 05.04

 
O começo da campanha será amanhã, no Calçadão da Batista de Carvalho, e seguirá até o começo do mês que vem, em Bauru e na região
 
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e centrais sindicais começarão a recolher assinaturas contra a reforma da Previdência, em campanha que começa amanhã e deve ir até o começo do mês que vem, para depois encaminhar o material para a Câmara dos Deputados e Senado. A proposta é recolher até cinco milhões de assinatura em todo o País, demonstrando que a classe trabalhadora está contra a proposta do governo federal de mudar a aposentadoria dos trabalhadores públicos e privados, agora em discussão na Câmara.
 
O lançamento da campanha em nível nacional ocorreu na última quarta-feira, e em Bauru está previsto para amanhã, às 10h, na esquina da resistência, no Calçadão. O coordenador regional da CUT, Itamar Calado, afirma que a coleta de assinaturas seguirá até o dia 2 de maio, e além da ação no Centro neste sábado, o grupo percorrerá feiras livres, portas de empresas, universidades e escolas para falar a respeito do assunto. "O trabalhador deve saber que o grande prejudicado por essa reforma é o mais pobre, aumentando o tempo de contribuição e com mais dificuldade para a aposentadoria integral. Da maneira como foi proposta, a reforma vai inviabilizar a aposentadoria do trabalhador rural, da construção civil, dos professores, e os mais jovens, entrando agora no mercado de trabalho, sequer vão se aposentar. O movimento pretende recolher cinco milhões de assinaturas no País todo e mostrar ao governo que a classe trabalhadora é contra esse projeto que só retira direitos de quem mais precisa", lembra.
 
Em todo o estado, a Apeoesp, que é o sindicato dos professores da rede estadual de ensino, tem apoiado a iniciativa, com a distribuição de uma cartilha que mostra como será o cálculo da aposentadoria de acordo com o regime previdenciário, tanto para os trabalhadores públicos como privados, e também dependendo de categorias com situações especiais, como os professores.
 
APEOESP
 
A diretora estadual da Apeoesp, Suzi da Silva, e a conselheira estadual, Idenilde Conceição, afirmam que todas as categorias devem ficar contra a reforma, e no caso dos professores, a possibilidade de perder o tempo diferenciado de contribuição é uma preocupação. "Os professores convivem com situação difíceis e ao se aposentarem, nunca estão com boa saúde, apresentando problemas na voz, audição, muitos com transtornos psicológicos. Além disso, a categoria não vem tendo a devida reposição nos salários nos últimos anos em São Paulo, e serviços de apoio, como a limpeza, estão sendo terceirizados, o que prejudica a arrecadação do sistema de previdência estadual", destaca Suzi.
 
As dívidas de grandes empresas com a Previdência, caso fosse quitada, ajudaria a evitar uma reforma na opinião deles. "O que o governo federal precisa fazer é cobrar os grandes devedores, porque a previdência não é deficitária. Se for para fazer uma reforma, que seja para cortar os privilégios de quem ganha mais e aposenta com salários elevados, como os políticos, juízes e militares, e não do trabalhador comum. O que preocupa também é que os trabalhadores ativos vão entrar na regra de transição e serão prejudicados, e os mais jovens sequer vão aposentar. Será o fim da previdência", completa Idenilde.
 
Sistema de capitalização é criticado
 
Outro aspecto criticado por Itamar Calado é o sistema de capitalização, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), e que poderá dificultar a aposentadoria dos mais pobres. "A previdência é um dever de toda a sociedade, tem um aspecto social, e a partir do momento que é criada a capitalização, dificulta ainda mais as pessoas mais pobres de aposentarem, e se chegarem a aposentar, com valores ainda menores que os atuais. Esse projeto vai favorecer apenas os banqueiros, e prejudicar a população, é algo que não pode acontecer", finaliza.
 
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