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Qua, 16 de Outubro 2019 - 16:02

'Diário de Escola': Projeto que une capoeira e música melhora resultados de escola de Francisco Morato

Por: Ana Paula Campos, SP2 - SPTV - 15.10

 
 
Cidade tem o menor IDH da Região Metropolitana de SP. Projetos de capoeira e música ajuda a melhorar desempenho dos alunos.
 
Francisco Morato é o município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana De São Paulo. A Escola Estadual Jardim Silvia 2 fica em um bairro mais afastado da cidade. Além de ser um espaço para se aprender as disciplinas tradicionais ela também funciona como o único centro de lazer e cultura do bairro.
 
Em um ano, a média da escola no Idesp, Índice de Desenvolvimento da Educação no Estado, subiu no ensino fundamental e no ensino médio.
 
Aos fins de semana, a escola abre as portas para a comunidade com aulas de capoeira. Cristiano Felisdoro da Silva, carpinteiro, e Ronildo Antonio Balbino, ajudante de estoque, são ex-alunos e professores voluntários.
 
O que eles fazem reflete na sala de aula. "Eu era disperso, tipo ficava moscando, olhando pra janela, e agora presto mais atenção na lição, tiro nota boa", diz o aluno Matheus Aparecido da Silva, de 14 anos. "A capoeira para mim é tudo na minha vida", reforça Pedro Henrique Santos da Silva, de 12 anos.
 
A fanfarra foi criada este ano pelo maestro Jairo Farias, que desafia as crianças a não perderem a cadência na aula e na vida.
 
"A música ajuda no caráter, ajuda a definir a pessoa, organizar, deixar a pessoa um pouco mais calma porque a música acalma", diz o maestro.
 
"Eu ficava fechada, sentava longe do pessoal, agora eu estou começando a ficar mais perto deles. Quando eu entrei no coral comecei a me abrir mais", diz a aluna Graziele de Paula Souza, de 14 anos.
 
O aluno João Victor de Jesus, de 12 anos, diz que nunca tinha visto um maestro antes. "O professor é muito legal, ele é muito divertido, ele explica tudo direitinho, ele é bem bacana.
 
Eu olho assim eu penso: nossa um dia eu vou querer ser que nem ele", afirma.
 
O diretor da escola Ismar Pusti de Azevedo vem colhendo os resultados dos projetos culturais.
 
Para o diretor, tudo isso é reflexo do "olhar diferente" que os alunos passaram a ter da escola. "A escola não é mais o ambiente chato, eles gostam de estar aqui", afirma. "Eu acho que a gente tem que acreditar na escola pública porque ela é o ambiente de transformar a sociedade que a gente tem. Se a gente passar a entender que é possível, que de verdade ela vai acontecer. Eu acho que a gente consegue mudar muita coisa na nossa sociedade. E a escola pública é o caminho."
 
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