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Qua, 21 de Março 2018 - 19:05

Dirigente de ensino admite problemas em escola de Mogi, mas garante soluções

Por: O Diário - 20.03 - Silvia Chimello

 
 
 
 
Apesar da tentativa de maquiar a situação, com a de troca de vidros e pintura, a dirigente regional de Ensino, Rosania Morales Morroni, acabou admitindo que o prédio da Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, em Braz Cubas, realmente precisa de melhorias, já que além de ser muito antigo, sofre constantemente com atos de vandalismos e falta de segurança. No entanto, ela rebate as reclamações de falta de professores e elenca os investimentos do Governo do Estado nas escolas da Cidade.
 
Esses assuntos foram debatidos ontem durante encontro com a dirigente, que aceitou a proposta de O Diário e abriu as portas da escola para receber a reportagem, o presidente da Comissão de Educação da Câmara, Mauro Araújo (MDB), os vereadores Diego Martins (MDB) e Otto Rezende (PSD), além da coordenadora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino (Apeoesp), Inês Paz. Eles foram os autores das reclamações publicadas na semana passada pelo jornal, relatando falta de professores e de manutenção do prédio, o que rendeu nota oficial da Secretaria de Estado da Educação, desqualificando as denúncias.
 
Ao chegar ao local, o grupo se deparou com funcionários trabalhando na troca de vidros de uma das portas principais da escola. Nos corredores havia cheiro de tinta e indícios de pintura recente. A reportagem também conversou com pais de alunos na portaria que confirmaram as reclamações de falta de professores. Mesmo limpa, havia vidros quebrados, pichações, vala de água aberta próxima à quadra, mato alto, bebedouro entupido, entre outros problemas.
 
A dirigente, ao lado de diretores da Galdino, disse que os consertos não estavam ocorrendo por causa das cobranças. Ela afirma que a manutenção é feita com frequência na escola que tem 800 alunos e 30 salas de aulas. Rosania relatou as dificuldades que enfrenta para manter a maior escola de Mogi -, localizada em Braz Cubas, no meio de duas comunidades, onde muitos adolescentes e jovens estão envolvidos com o uso e tráfico de drogas. Segundo ela, as invasões ocorrem com frequência, assim como atos de vandalismo, que culminam em vidros quebrados e pichações, entre outros estragos. “Mesmo assim, é bom deixar bem claro que a escola não está abandonada. O prédio é antigo e precisa de reformas, mas está muito bem cuidado e administrado”, ressalta a dirigente, informando ainda que a Galdino está na lista de prioridades.
 
A dirigente convidou o grupo para visitar outras escolas que passaram por reformas e são consideradas modelos para a Cidade. Ela também falou sobre a necessidade da união de forças para ajudar os alunos e convidou os políticos médicos – o vereador Otto Rezende e o deputado Luiz Carlos Gondim (SD) – para realizarem palestras contra drogas e gravidez na adolescência. Os assessores do parlamentar e do vereador Jean Lopes (PCdoB) também estavam presentes. Rosania garante, ainda, que não há dé- ficit de profissionais. “O que acontece às vezes é que alguns professores faltam no mesmo dia por uma série de motivos, mas eles são substituídos por eventuais”, disse.
 
Mesmo após as explanações, Araújo manteve as críticas à falta de investimento por parte do Estado, reforçou a necessidade da “política de resgate” da escola pública e valorização dos professores, além de chamar atenção para o fato de a escola contar com sala de informática com apenas 16 computadores para 800 alunos. Diego foi outro que sustentou as denúncias. “Nosso objetivo foi mostrar o drama e a insatisfação dos professores, que precisam de mais apoio. Temos que falar sobre esses assuntos de forma transparente para melhorar esse quadro”, disse.
 
Otto destacou a necessidade de atualizar o currículo escolar para estimular os alunos e reverter a onda de violência nas escolas. Ele contou que teve reunião com mães de alunos de escolas municipais, que estão apreensivas em transferir os filhos para o Fundamental II em escolas públicas. Inês também reclamou do que classifica como  política de sucateamento das escolas públicas” adotada pelo Governo do Estado, da desvalorização e dos baixos salários dos professores “que estão adoecendo com essa situação de violência e de falta de estímulo, o que faz com que muitos desistam da profissão”.
 
Estado investe R$ 6 milhões em rede de ensino
 
A dirigente regional de Ensino de Mogi das Cruzes, Rosania Morales Morroni, informa que as obras de reforma da Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, de Braz Cubas, estão entre as prioridades da Secretaria de Estado da Educação para este ano. Ela explica que o prédio é muito antigo, construído na década de 70 e precisa dessas melhorias, além de afirmar que outros estabelecimentos do Município receberão melhorias. Segundo Rosania, a Diretoria investiu nas escolas estaduais da Região, entre janeiro de 2017 e março de 2018, aproximadamente R$ 6 milhões em recursos para obras estruturais. Ela disse que para a Galdino Pinheiro Franco, em 2017, por causa da  instalação neste ano de sala descentralizada do Centro Paula Souza (Etec), foi empenhado o valor de R$ 19,2mil do Programa Dinheiro Direto na Escola, sendo que mais de R$ 15 mil podem ser destinados à manutenção da unidade escolar.
 
Para a conservação predial foram empregados mais de R$ 8 mil. Sobre a falta de profissionais, a Diretoria informa que a Região conta com 398 agentes organizacionais em seu quadro, sendo sete deles em exercício na Galdino, que está autorizada a contratar oito professores eventuais. Informa, ainda que, neste ano, Mogi das Cruzes deve receber R$ 23.798,40 para custeios de produtos de higiene e limpeza, dos quais R$ 4.184,40 devem ser destinados à Galdino, que conta com trabalho de empresa terceirizada de limpeza, responsável pelos insumos.
 
Rosania explicou ainda que as escolas não estão abandonadas e nem sucateadas, e esclarece que a Diretoria conta com verbas da Secretaria de Estado da Educação e recursos federais do Programa Dinheiro Direto na Escola para manutenção predial. Se os valores são atenderem as necessidades, a Diretoria também libera o crédito diretor para suprir as necessidades de manutenção, além do reforço que pode ser solicitado à Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
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