Sex, 10 de Junho 2016 - 17:05
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Pela segunda vez, a Caravana em Defesa da Escola Pública e da Democracia esteve em Bauru. Nesta quinta-feira (9). pela manhã, membros do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) panfletaram em frente à Escola Estadual Professora Ada Cariani Avalone, no Mary Dota. O discurso da categoria também girou em torno da falta de materiais básicos dentro das instituições de ensino.
Diretora estadual da Apeoesp, Idenilde Almeida Conceição afirma que falta de tudo um pouco nas escolas. “De material de trabalho dos professores, como computadores e impressoras, até papel higiênico. Para se ter uma ideia, até o café que o professor toma ele tem de comprar”, denuncia. Além disso, Idenilde reforça que a entidade é contra a reorganização escolar, tema que gerou ocupações de diversas instituições de ensino em Bauru e no restante do Estado.
Ela ainda critica que o processo está sendo feito, mesmo sem as reuniões periódicas com os interessados, conforme ficou acordado no ano anterior. “Eles fecharam o período noturno e, consequentemente, mais de 1,4 mil salas de aula em todo o Estado”, frisa. Outro tema que fez parte da panfletagem foi a campanha salarial. “Não temos reajuste desde 2014 e queremos a reposição de 16,6%, referente às nossas perdas”, argumenta.
Outro lado
Em nota, a assessoria da Secretaria de Estado de Educação esclarece que, “diferentemente do que tenta pregar o sindicato, o plano de reorganização foi suspenso em 4 de dezembro passado pelo governador Geraldo Alckmin e nenhuma escola foi fechada. Todo aluno tem matrícula garantida na rede estadual de ensino e as classes/turmas são abertas todo início de ano, conforme a demanda de cada escola”.
Sobre a campanha salarial, a pasta diz que mantém a mesa de negociação aberta e a data-base para reajuste é julho, como previsto no artigo 4.º da Lei Complementar n.º 1.143, de 11 de julho de 2011.
Além disso, a secretaria nega que faltam papel higiênico ou outros materiais nas escolas, “tanto que, na panfletagem, o sindicato não apontou escolas que estariam enfrentando algum tipo de problema neste sentido”.