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Qua, 11 de Setembro 2019 - 17:53

Entidades criticam nova proposta de ensino integral

Por: Rafael de Paula - Portal JCNet - 10.09

 
Para sindicatos, programa demandaria mais investimento para funcionar bem
 
A Secretaria de Estado de Educação anunciou em agosto a expansão do Programa de Ensino Integral (PEI) a partir do ano que vem. A medida amplia para nove horas o tempo de estudos de alunos do Ensino Médio de instituições públicas que demostrarem interesse. No entanto, a implantação é criticada por entidades como a Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e o Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo).
 
Para Suzi da Silva, diretora estadual da Apeoesp, o PEI precisa de muitos ajustes e deveria começar nos primeiros anos do Ensino Fundamental. "Estamos acompanhando a implantação em algumas escolas e constatamos que elas não tiveram ampliação de recursos para dar conta do projeto. As escolas sofrem com falta de recursos financeiros e funcionários para atender bem todos os alunos. É uma sobrecarga", explica a diretora.
 
Suzi esteve na última semana no Espaço Café com Política, do JC, acompanhada de Maria José de Oliveira, presidente da Udemo, e Idenilde Conceição, conselheira regional da Apeoesp.
 
"Nem todos os alunos e professores podem permanecer nesse sistema. Muitos alunos nessa faixa etária têm outras obrigações. Alguns até trabalham no horário oposto ao da escola ou fazem cursos. Professores também sofrerão porque muitos lecionam em outras escolas e serão penalizados", avalia Suzi.
 
As dirigentes temem é que o aluno que não se enquadrar será encaminhado para outras escolas. O mesmo, segundo Suzi, pode ocorrer com os professores.
 
OUTRO LADO
 
De acordo com Caetano Siqueira, coordenador pedagógico da Secretaria de Estado de Educação, o PEI é uma adesão voluntária da escola e precisa ter a aprovação do conselho escolar de cada instituição. "Até 2026, teremos 50% das escolas nesse sistema conforme o Plano Nacional e Estadual de Educação", explica. Sobre a estrutura das unidades, informou que as instituições são escolhidas de acordo com a capacidade de abrigar o ensino integral. Reforçou, ainda, que todas as escolas que participam do PEI atendem às necessidades e bom desempenho. 
 
O coordenador diz que a pasta estadual estuda a implantação de um regime semi-integral (de sete horas) para atender outros perfis de aluno. De acordo com Caetano, a pasta avalia que o PEI foi pensado na realidade e nas necessidades dos jovens que estão na reta final dos estudos. Ele pondera, ainda, que é uma oportunidade de o professor trabalhar 40 horas em apenas uma instituição. "Quem não optar, será encaminhado para outra unidade que não tenha esse sistema", finaliza.
 
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