Qui, 29 de Maio 2014 - 16:10
Por: Caio Carvalho (Folha da Região)
Professores da rede estadual que trabalham na condição de contratados pedem melhores condições de trabalho diante de profissionais concursados. A reivindicação foi discutida por cerca de 120 professores num encontro organizado ontem pela subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), em Araçatuba.
O movimento critica a lei estadual 1.093, de 2009, e diz que a legislação tem prejudicado a atuação dos professores contratados. Um dos problemas apontados é o máxima de seis faltas permitidas durante o ano. A categoria reclama que os salários são descontados quando são necessárias mais ausências por problemas de saúde.
Coordenador de uma comissão da Apeoesp na região, que trata da questão, o professor Vinícius Sanches critica, também, a criação de um período mínimo de 40 dias entre cada contratado, cujo objetivo do governo estadual, segundo ele, é não criar vínculos com os professores. Antes eram 200 dias, mas uma liminar judicial concedida no início do ano reduziu esse período.
Outro apontamento de Sanches é que o Estado tem procurado reduzir a quantidade de contratados. A situação, ele explica, afeta diretamente o ensino, com falta de professores em várias disciplinas, além de aulas vagas e alunos dispensados mais cedo.
A proposta do sindicato é organizar uma passeata, em Araçatuba, para alertar outros profissionais e a população sobre o problema. A reportagem não conseguiu contatar a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado para questionar o assunto.