Seg, 02 de Março 2015 - 16:46
Por: Portal IFronteira - 27.02
Professores da rede estadual de ensino fizeram na tarde desta sexta-feira (27) um manifesto, em Presidente Prudente, para chamar a atenção para uma possível greve da categoria. A decisão sobre a paralisação nas aulas será tomada em assembleia prevista para o dia 13 de março, em São Paulo (SP).
“Se até lá o governo atender às nossas reivindicações, não há como a gente entrar em greve”, alertou a coordenadora regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Ana Kuhn.
Segundo ela, as principais reivindicações dos professores são um reajuste salarial de 75% e a implementação da chamada “Lei do Piso”.
“Hoje o professor trabalha 32 horas em sala de aula com o aluno e a jornada do piso nacional diz que são 26 horas-aula que o Estado de São Paulo não quer cumprir. O que sobra de 26 para 32 seria para a gente corrigir tarefa, preparar aula, atender aos pais e à comunidade, enfim, para a gente também fazer atualizações e cursos. A Secretaria da Educação não quer abrir negociação, principalmente nesses pontos”, explicou Ana Kuhn.
Ela estimou que mais de 100 professores participaram da mobilização nesta sexta-feira (27), em Presidente Prudente.
Inicialmente, os manifestantes se concentraram na subsede da Apeoesp, por volta das 14h, e depois seguiram em carreata, que passou pela Diretoria Regional de Ensino e pelo Centro. A mobilização ainda seguiu para escolas estaduais da cidade, com o objetivo de alertar a população sobre a possibilidade de greve.
Outro lado
Em nota oficial encaminhada ao iFronteira, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que, em conjunto com os servidores, materializou um plano de carreira inédito. O aumento do salário acumulado em quatro anos foi de 45%.
Atualmente, o salário de um professor que leciona 40 horas para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio está em R$ 2.415,89, valor que é 25,9% superior ao piso nacional, segundo a secretaria.
“Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial de 10,5% por meio da valorização pelo mérito ou por prática pedagógica e de 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira. São apenas alguns exemplos da constante valorização dos profissionais, uma das prioridades da Pasta”, salientou o órgão do governo do Estado ao iFronteira.
A nota também se manifestou em relação à violência, situação que tratou como “um problema social que exige várias frentes de atuação”. “Todos os esforços são para envolver as famílias e vários agentes nos programas preventivos desenvolvidos pelas unidades de ensino”, finalizou a secretaria.