Qua, 29 de Abril 2015 - 15:14
Por: (Com Estadão Conteúdo) Portal Paraíba - 28/04
Para o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), não há greve de professores no Estado. A declaração foi dada nesta segunda-feira (27). Para o tucano, o que existe é uma ‘paralisação isolada’ fomentada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
“Na realidade não existe greve de professores. Na última sexta-feira, houve 96% da presença em sala de aula. A média de falta é de 3% e o que aumentou (de falta) foi de temporário. Na realidade a greve é da Apeoesp e da CUT”, afirmou Alckmin.
No fim de semana, o governador se irritou com um protesto de professores no final de semana em um evento em Saltinho, no interior paulista, no qual foi vaiado. Ainda assim, ele nega a greve dos docentes, algo que não passou batido nas redes sociais. A ironia imperou entre os internautas.
Bruxo Ravengar @charlesnisz
Negou falta de água. Negou greve de professores. Se negar epidemia de dengue, o Alckmin pede música no Fantástico.
Nihil @NihilFuck
Se perguntar pro Alckmin, nem copa teve.
O Opinioso @opinioso
Não existe amor, não existe falta d'água, não existe greve de professores. São Paulo, a capital da negação.
Joseferreira @Josefrr
Isso e um ótimo governador. Parabéns Alckmin está conseguindo destruir a educação. Promessas de campanha dos tucanos. Contruir mais presídio.
Cristina Caiado @Cris_Caiado
Em SP greve de professores é ato politico, falta d'água é crise hídrica e volume.
Cadu Lorena @cadulorena
Entrei no módulo Alckmin: negando tudo que me incomoda ou aborrece.
Paralisação já dura 43 dias
De braços cruzados desde o dia 16 de março, os professores estaduais querem um aumento de 75,33%, percentual calculado pela categoria para equiparar os docentes com outras áreas nas quais os profissionais também possuam uma jornada semanal de 20 horas.
Também na segunda-feira, o Apeoesp conseguiu uma liminar na Justiça que garante aos docentes o direito de divulgar a greve nas escolas. A decisão temporária, da juíza Luiza Barros Rozas, da 11ª Vara de Fazenda Pública, acolhe parcialmente o pedido do sindicato, que alegou estar sendo impedido por representantes do Estado de entrar nas unidades para falar sobre o movimento.
Com a liminar, os professores foram autorizados a "conversar com seus pares, desde que nos horários de intervalo das aulas" e "fixar cartazes com o único propósito de prestar os esclarecimentos necessários sobre o movimento grevista".
Ao longo das últimas semanas, várias manifestações reunindo dezenas de milhares de pessoas foram realizadas pelos professores em greve – houve tentativa de invasão da Secretaria Estadual de Educação e agressões de black blocs infiltrados a jornalistas na semana passada,
Em um dos protestos organizados pela categoria, a Polícia Militar impediu a concentração de um protesto no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. É lá que está marcado o próximo ato, nesta quinta-feira (30), às 14h. Os grevistas deverão decidir sobre a continuidade da greve em assembleia e, depois, marchar pelas ruas centrais de São Paulo rumo à Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República.