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Sex, 16 de Outubro 2015 - 19:09

Para mãe, escolas de SP precisam de professores e não de reorganização

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirma que não há lista de escolas que serão fechadas ou decisão tomada; pasta não divulgou detalhes da reestruturação

Por: UOL - 15.10

"A educação não precisa de reorganização e sim de outras alternativas, como contratar mais professores" -- é no que acredita Edna Rodrigues Menezes, mãe do aluno do 9º ano Gustavo Rodrigues Menezes, da Escola Estadual Dr. Américo Brasiliense, em Santo André. Ela critica as mudanças na rede divulgadas pelo governo estadual.

Edna e Guilherme moram em São Paulo e levam 1h30 para chegar à escola diariamente. "Vim para Santo André, devido à precariedade das escolas de São Paulo. Consegui a vaga com muito custo e agora pode ser que a escola feche", conta. A mãe afirma que a escola em Santo André permite que o filho entre em contato com outras realidades, em uma cidade diferente da sua.

Para ela, a solução para melhorar a educação seria investir nas escolas que já existem. "Tinham de propor alternativas para estas escolas. Faltam professores e equipamentos. Não adianta realocar os alunos", explica.

Mudanças na rede
Edna também critica a ausência de informação no processo de reorganização. "A gente quer saber como será feita a divisão, quais escolas vão receber alunos. Existem escolas e salas suficientes para receber esses estudantes?", questiona.

Pais, alunos e professores estão se mobilizando em defesa da escola. No dia 6 de outubro, eles fizeram um ato simbólico e "abraçaram" a escola. Eles temem que ela seja fechada na reorganização proposta pelo governo estadual -- ela está numa lista informal que tem sido divulgada pelo sindicato dos professores, a Apeoesp.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirma que não há lista de escolas que serão fechadas ou decisão tomada. A pasta não divulga detalhes da reestruturação, o que tem alimentado protestos de estudantes no Estado.

Professores
Segundo a professora de português Luciana Fernandes, o clima entre os professores é de tensão. "É impossível não entrar em pânico com a possibilidade de as escolas fecharem", afirma. "A reestruturação não vai fazer com que o ensino melhore, só vai levar a uma superlotação das salas", opina.

O professor de geografia Cláudio Santana acredita que a reestruturação é movida por interesses econômicos. "O governo quer cortar gastos, a partir do fechamento de escolas", afirma. Para ele, a reorganização está acontecendo sem transparência. "Os professores, pais e alunos não foram consultados. Não houve nenhuma reunião para discutir a medida. Não temos informação", explica.

Sérgio Lima Nastasi, professor de filosofia da E.E. João Galeão, afirma que a reestruturação é "pedagogicamente ruim". "Na cidade, o jovem vai ter de se relacionar com pessoas de diferentes idades. Onde é que você se aprende a relacionar se não for na escola?", questiona.

A Diretoria de Ensino de Santo André afirmou que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo ainda não definiu, nem passou nenhuma informação para a Diretoria. "Não temos conhecimento dessa lista de escolas que podem fechar", afirmou a assessoria.

Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a reorganização não tem como objetivo o fechamento de escolas. No entanto, a pasta explica que alguns estabelecimentos podem ser "disponibilizados" para outras finalidades educacionais.

Nesta quinta-feira (15), em São Paulo, será organizado um ato contra a reorganização das escolas estaduais. A manifestação partirá do Largo da Batata, às 8h.

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