Sex, 11 de Março 2016 - 15:50
Por: Luiz Carlos de Freitas* - Blog do Freitas - 10.03
Avaliação Educacional
A solução para resolver o problema do aumento salarial para os professores da rede do estado de São Paulo está indicada corretamente pelo Sindicato dos Professores – APEOESP : incorporar o bônus ao salário dos professores como aumento salarial.
“Saímos com zero de reajuste no ano passado. Um professor de educação básica com nível universitário ganha R$ 2.420 por 40 horas semanais. Se tiver zero de reajuste de novo, vão condenar o professor à miséria”, afirmou a sindicalista. A dirigente aponta ainda que não há comprovação de que o bônus melhore o desempenho dos colégios.”
Pagamento de bônus é um dinheiro que é mal gasto. Bônus nunca melhorou a educação em nenhuma parte do mundo. A Cidade de Nova York, de onde São Paulo copiou a moda, já parou há muito tempo de pagar bônus e a argumentação de Bloomberg, então Prefeito que implantou e o suspendeu, foi exatamente a de que não queria continuar jogando dinheiro no lixo. São Paulo continua a jogar. O Estado utiliza a solução há mais de uma década sem que tenha nenhum sucesso.
“O prefeito [de Nova York] argumentou que há apenas uma maneira de se saber se novas abordagens funcionam – e esta é experimentá-las.
“Eu acho que deveríamos ter orgulho disso – do fato de que temos a coragem de sentar-se lá e dizer que achávamos que era uma boa ideia [pagar bônus aos professores], não funcionou e estamos parando-a”, disse ele. “Nós não vamos desperdiçar o dinheiro público.”
Portanto, ao invés de deixar os professores do estado novamente sem reajuste, uma boa destinação para estes recursos é a sua incorporação ao salário dos professores, encerrando esta experiência que não tem repercussão na qualidade da educação paulista. Alguns “sacerdotes” da ideia irão protestar, mas sem fundamento.
* Professor da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil