Qui, 06 de Junho 2019 - 17:39
45 familiares e vítimas do massacre na escola estadual em Suzano são indenizados pelo governo de SP
Gabriela Gonçalves, G1 SP - 05.06
De acordo com o estado, os valores não serão divulgados a pedido das famílias das vítimas. Oito pessoas foram assassinadas e 11 ficaram feridas.
O governo do estado de São Paulo indenizou 45 pessoas pelo massacre na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana. Dentre os indenizados, 11 são adolescentes lesionados e 34 parentes de vítimas. O valor das indenizações não foi divulgado a pedido das famílias, segundo o governo. Oito pessoas foram mortas por dois assassinos, que se mataram.
De acordo com Lia Porto Corona, procuradora-geral do estado, a primeira indenização aconteceu em menos de 30 dias após o massacre.
O anúncio aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista, nesta quarta-feira (5) e reuniu, além de Lia Porto, José Henrique Germann, secretário da Saúde; Rossieli Soares, secretário da Educação; Paulo Dimas Mascaretti, secretário da Justiça e Cidadania; Davi Depinê, Defensor Público -Geral e Juliana Belloque, Primeira Subdefensora Público-Geral.
De acordo com Rossieli, a escola segue com o mesmo número de alunos. Embora 20 tenham pedido transferência para outras escolas, outros se matricularam.
O secretário também afirmou que cinco professores e três funcionários estão afastados em licença-saúde. "A escola Raul Brasil, com todo esse trauma e tragédia acontecida, continua sendo uma das escolas referência no estado", afirmou Rossieli.
Massacre
Um adolescente e um jovem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), no dia 13 de março e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região.
Os assassinos eram ex-alunos do colégio. A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, o mais novo matou o mais velho e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um "pacto" segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Um terceiro adolescente foi apreendido e internado provisoriamente na Fundação Casa por 45 dias. Para a polícia, ele foi um dos mentores do crime bárbaro. A polícia e o Ministério Público tentam identificar se mais pessoas estão envolvidas no massacre.
Cinco dos mortos são alunos do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos, de acordo com o secretário de Segurança Pública de SP. Entre as vítimas, há ainda duas funcionárias do colégio, uma delas a coordenadora. O dono de uma locadora de veículos próximo ao local, que era tio de um dos assassinos, foi morto pouco antes do ataque. Também há registro de 11 feridos.