De acordo com a monitora agredida, que pediu para não ser identificada, a briga aconteceu quando ela disse que não teria uma chupeta para que a mãe levasse para casa. A discussão aconteceu dentro do berçário e na frente das outras crianças. A agressora teria sido ajudada por outra mulher, que segurou a vítima.
A profissional foi transferida do Centro Infantil Levy Pereira, no Jardim Glória, e irá trabalhar em outro local a partir da próxima segunda-feira (28), mas afirmou que não terá a mesma tranquilidade para trabalhar. "Meu psicológico está abalado, vai chegar o tempo em que ninguém mais vai querer ser monitora", disse.
A psicóloga Solange Dantas afirmou que os ataques e a falta de respeito com os educadores têm precarizado a profissão. "Os professores estão adoecendo em função da falta de condições para exercer a profissão", disse.
Município
A Secretaria da Educação de Limeira informou, por meio de assessoria de imprensa, que o caso está em processo de apuração e que foram feitos todos os procedimentos que competem à Pasta. Além de um relatório que deve ser elaborado pela diretoria do Centro Levy Pereira, o Executivo informou que foi registrado também um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Outras agressões
Entre as outras ocorrências envolvendo professores em Limeira, há registros de uma professora da Escola Municipal de Ensino Infantil Tia Nastácia, na Vila Independência, que foi agredida pela mãe de um aluno de quatro anos dentro de sala de aula no dia 16 de maio.
O caso ainda envolveu mais duas funcionárias que tentaram conter a agressora. A vítima levou puxões de cabelo e arranhões. A confusão teria acontecido quando a mãe foi se queixar à professora que materiais escolares do filho estariam sumindo. No dia 19 de maio, a educadora foi transferida de escola.
No dia 29 de abril, uma comerciante de 31 anos agrediu uma aluna de 10 anos e a diretora da Escola Estadual Maria Aparecida Soares de Lucca, no Jardim Glória. A mulher, segundo registro da Polícia Civil, foi até a instituição "tomar satisfação" sobre um desentendimento que teria ocorrido no dia anterior entre a filha dela, também de 10 anos, e a estudante agredida. De acordo com o relato de policiais militares acionados para conter a confusão, a comerciante deu um tapa no rosto da criança e chutes e capacetadas na diretora da escola.