APEOESP - Logotipo
Sindicato dos Professores

FILIADO À CNTE E CUT

Banner de acesso ao Diário Oficial

Publicações

Observatório da Violência

Observatório da Violência

Voltar

Qua, 09 de Abril 2014 - 14:26

Agressões vão de mordidas a chutes

APEOESP cita casos em que estudantes levaram estilete e faca em sala de aula

A Apeoesp (Sindicato dos Professores Estaduais do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) Limeira recebe semanalmente denúncias e relatos de agressões em escolas municipais e estaduais. 

De acordo com o secretário-geral do sindicato, Edivaldo Mendes da Costa, os relatos são variados - há casos de mordidas e chutes em professores, agressão verbal, danos contra o veículo do docente, pais de alunos que "perseguem" os professores, entre outros.

Nas escolas estaduais, segundo Edivaldo, o cenário é pior ainda - crianças já foram encontradas portando estiletes e facas dentro da sala de aula. "No Estado, há alunos mais velhos, até o ensino médio, e já registramos casos de alunos armados com faca e estilete. Tem aluno que ameaça o colega ou o professor apenas porque foi mal na prova. Nas escolas municipais, os casos são diferentes, porque são crianças menores", cita. "Se falarmos que tem escola que nunca passou por uma situação dessa, é mentira. Toda semana aparece um caso e muitos não denunciam porque têm medo de represálias."

Como mostrou ontem o Jornal de Limeira, a professora Valéria Sanchez Cardozo, da EMEIEF "Professora Márcia Aparecida Della Coletta Sillmann", foi agredida pela mãe de uma aluna, 10 anos - hoje será feita uma manifestação pela paz em frente à escola, das 7h às 8h40, no bairro Abílio Pedro.

AFASTAMENTO
Segundo Edivaldo, devido ao cenário de violência dentro das escolas - principalmente, estaduais -, muitos professores pedem licença. "O professor fica estressado, doente, não quer dar aula, fica com o psicológico abalado. Muitos chegam a pedir licença", cita. "Dentro da sala de aula, há alunos que são lideranças negativas", pontua.

Segundo a Apeoesp, pesquisa feita em escolas da rede estadual de todo o Estado mostrou que 70% dos alunos não se sentem seguros na escola e que 46% dos pais têm receio pela segurança dos filhos na escola.

ABÍLIO PEDRO

Agente de desenvolvimento educacional e assessora da Secretaria da Educação de Limeira, Isabel Cristina Mattos explicou que, sobre o caso registrado na escola do Abílio Pedro, diversas providências já estão em andamento. "Hoje (ontem), os agentes foram à escola acompanhados de assistentes sociais. Também estamos dando andamento a procedimentos legais que não podem ser divulgados para não prejudicarmos os envolvidos", ressaltou Isabel.

Segundo ela, a secretaria recebe relatos isolados de agressões, devido ao fato de as escolas municipais atenderem crianças menores. "Orientamos para que seja feito o boletim de ocorrência."

A secretaria também realiza um trabalho com os agentes de desenvolvimento educacional que buscam fortalecer os laços entre a escola e a comunidade em que ela está inserida. "Há bairros em que esse trabalho, iniciado no ano passado, já está avançado."

Procurada pela reportagem, a mãe que agrediu a professora preferiu não se manifestar. Ela disse que conversou com a assistente social da secretaria e que irá responder os questionamentos da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), onde o caso foi registrado.

Jornal de Limeira - 09.04 - Por: Gabriela Garcia

Topo

APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP - Fone: (11) 3350-6000
© Copyright APEOESP 2002/2011