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Ter, 18 de Junho 2019 - 16:53
Segundo boletim de ocorrência, professor foi agredido por mãe de aluno durante discussão dentro da instituição; ato durou cerca de 15 minutos.
Um grupo de professores e funcionários fez uma manifestação na manhã desta sexta-feira (14) em frente ao Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Angélica Sega Tremocoldi, em Santa Bárbara d'Oeste (SP). O ato aconteceu após uma agressão entre um professor e a mãe de um aluno, que ocorreu no dia 10 de junho.
Segundo Eduardo Ivan Cunha Barbosa, que registrou o boletim de ocorrência após ter sido agredido, professores e funcionários resolveram se reunir em frente ao Ciep para chamar a atenção da secretaria da instituição sobre a falta de respaldo aos docentes. Eles também reclamam da falta de estrutura.
"Falta tudo na escola, mas o que não falta é o amor do professor ao ensinar o aluno. O segundo item é conscientizar a sociedade de que a educação vem de berço. O professor tem a responsabilidade de ensinar o aluno nas suas capacidades técnicas e didáticas. Professor não é babá do filho de ninguém, esse foi o segundo motivo", explica Barbosa.
O grupo permaneceu ao lado do portão de entrada da instituição por cerca de 15 minutos no início da manhã desta sexta.
Por nota, a Secretaria de Educação disse que lamenta o ocorrido e que realiza diversas ações na rede municipal incentivando o diálogo e o respeito ao próximo.
"Os fatos são apurados por meio de relatório elaborado pela direção da escola, onde as partes estão sendo ouvidas e as medidas cabíveis serão tomadas. O monitor cultural continua cumprindo sua carga horária na unidade e a criança segue matriculada. Não houve solicitação de transferência do aluno", diz a secretaria.
Agressão por problemas na aula
Segundo o boletim de ocorrência, o professor estava fechando a porta da sala quando a mãe de um aluno o abordou de forma agressiva, questionando sobre algo que teria acontecido durante a aula de outro professor.
Ao dizer que ele não tinha percebido nada de anormal na aula dele, a mulher colocou o dedo no rosto dele e, então, o professor pediu ela abaixasse o tom. Em seguida, a mãe teria começado a gritar e começou a agredir o professor com chutes, socos e arranhões.
No documento, a mulher relata à polícia que foi buscar o filho de 6 anos na escola e ele contou que outro aluno tinha vomitado na sala de aula e o professor teria feito a criança limpar a carteira, o que fez ela ir até ele para questionar a situação.
Ela disse ainda que não era a primeira que o filho tinha reclamado do professor, e por isso, "estava irritada com a situação". A mulher relata que, durante a conversa, ele teria tido um comportamento inoportuno, dizendo que ela não teria capacidade de ser mãe.
Neste momento, ela deu um empurrão nele, causando arranhões em seu braço, e que ele também teria sido agressivo. O caso foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal.