Ter, 28 de Maio 2019 - 19:40
Após massacre, escolas municipais de Suzano recebem 'botão do pânico'; dispositivo pode chegar às estaduais
Diário TV - 27.05 - Por Cassio Andrade e Patrícia Leal, Diário TV 2ª Edição
Todas as 73 escolas administradas pela prefeitura agora estão ligadas diretamente à Central de Segurança Integrada.
Após o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, a prefeitura instalou o botão do pânico nas 73 unidades municipais, que aciona o socorro à Central de Segurança Integrada (CSI). A administração municipal informou que está acertando com o estado para receber, na CSI, o pedido de socorro das escolas estaduais, quando recebem a tecnologia
O dispositivo funciona mesmo se faltar energia elétrica. Por segurança, poucos funcionários sabem onde ele fica. Caso seja acionado, o nome da escola vai aparecer em uma tela da central.
O secretário municipal de Segurança Cidadã, Jefferson Ferreira dos Santos, diz que na tela terá ainda o endereço e telefone do gestor da escola. "É informado para as polícias, sejam elas municipal ou estadual, para que a viatura que estiver mais próxima, atenda a ocorrência no local", explicou o secretário.
O sistema de monitoramento começou a funcionar no dia 13 deste mês. Por enquanto não foi acionado, mas a prefeitura garante que o tempo de resposta é rápido. A central custou pouco mais de R$ 2,2 milhões. Além de receber as informações do botão do pânico, ela conta também com 56 câmeras de monitoramento, espalhadas por toda a cidade.
Agora, prefeitura e estado negociam a possibilidade de instalar câmeras de segurança nas escolas estaduais, por enquanto sem data para acontecer. "Estamos prestes a assinar, mas por enquanto a gente ainda não tem a data limite, por isso não divulgo, mas estamos prestes a assinar este convênio", divulgou o secretário municipal de Educação, Leandro Bassini.
Além disso, a prefeitura está reformando outros prédios. Uma das que já teve mudança na estrutura é a Escola Municipal Professor Damásio Ferreira dos Santos, inaugurada em 2008 e reformada no começo do ano.
O acesso dos alunos é feito por um lado da escola. Outro portão divide o pátio externo do interno, que liga as salas. De acordo com a prefeitura, cada escola municipal vai contar com pelo menos um agente de segurança, que vai principalmente controlar quem entra ou sai do prédio. Mas até o momento, apenas 35% contam com estas barreiras físicas, mas a ideia da prefeitura é aumentar este número com o passar do tempo.
"A escola é pública deve ser aberta à comunidade. Esse princípio não foge do nosso objetivo, ou seja, os pais são sempre bem-vindos, a comunidade é bem-vinda, mas neste momento em que a gente vive, precisa entender", destacou o secretário.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança informou ainda que a Guarda Civil Municipal faz a ronda escolar, além de um trabalho de conscientização contra drogas e o bullying dentro das escolas municipais. A pasta disse ainda que está em processo para contratar mais agentes de segurança.