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Qua, 23 de Abril 2014 - 14:06
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Limeira (SP) concluiu a investigação sobre a agressão da jovem de 15 anos espancada por duas estudantes dentro de uma escola estadual da cidade. A delegada Andréa Rachid Arnosti afirmou nesta terça-feira (22) que enviou a documentação à Vara da Infância e da Juventude na quinta-feira (17) e disse que a filmagem da violência foi premeditada pelas agressoras.
De acordo com a delegada, outras três adolescentes de 14 anos que teriam gravado a ação com celular foram ouvidas e uma assumiu que filmou a briga a mando das outras duas jovens, que foram apreendidas e encaminhadas para a Fundação Casa. Uma delas, inclusive, já foi liberada.
A adolescente foi agredida no dia 9 de abril. A garota foi atacada no corredor da Escola Estadual Castelo Branco por duas alunas do mesmo colégio e sofreu ferimentos no rosto, além de ter o cabelo cortado com uma tesoura. Para o pai, a jovem foi vítima da agressão por estar há pouco tempo na escola e ser bonita, o que teria causado inveja.
No dia seguinte à agressão, a Justiça aceitou o pedido do Ministério Público (MP) para a internação das agressoras. A delegada da DDM apurou que a briga foi premeditada devido às ameaças que a jovem vinha recebendo, o que também incluiu uma espécie de "acordo" para que a agressão fosse gravada para depois ser compartilhada em redes sociais.
Filmagem premeditada
O pai da jovem, o jornalista José Carlos Roque Júnior, em entrevista ao G1 no dia 11 relatou que não tinha dúvidas de que a gravação havia sido premeditada. "Minha filha não teve coragem de assistir aos vídeos da agressão, que foram compartilhados na internet e por meio do WhatsApp (aplicativo usado para troca de mensagens via celular). Não foi um apenas, foram vários. Os estudantes estavam em pontos estratégicos e filmaram a agressão da minha filha de vários ângulos", afirmou Roque Júnior.