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Dom, 08 de Outubro 2017 - 22:18

Caso de agressões em escolas de Mogi são frequentes

Por: CARLA OLIVO - O Diário - 05.10

 

Cenas de violência entre alunos nas escolas estaduais – com agressões, inclusive, a funcionários -, atos de vandalismo praticados por estudantes e invasões dos prédios durante a madrugada para furtos de equipamentos eletrônicos já se tornaram comuns no cotidiano das unidades de ensino de Mogi das Cruzes. Na última terça-feira, duas brigas terminaram com uma agente de organização levada ao hospital pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após ser atingida com soco, ter convulsões e desmaiado, e uma vice-diretora agredida com socos e pontapés ao tentar separar um conflito no pátio.

“Lamentamos mais episódios de violência escolar. Educação não é caso de Polícia. Trata-se de melhorias e aumento no investimento na educação pública”, trouxe nota enviada pelo grupo Oposição Alternativa Independente – fração do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) -, que procurou O Diário para denunciar os casos.

Segundo Álvaro Dias, conselheiro da Apeoesp, por volta das 10h40 de anteontem, alguns alunos iniciaram uma briga no pátio da Escola Estadual Professora Vânia Aparecida Cassará, em Jundiapeba, num dos intervalos. “A confusão se deu quando a agente escolar tentou impedir um grupo de alunos de se misturar ao intervalo de outros. Um deles foi empurrado na direção da funcionária e, ao se virar para dar um soco em quem o empurrou, ele acertou o cotovelo na garganta da agente, que ficou sem ar, vindo a ter convulsões e desmaio. Ela foi encaminhada ao hospital pelo Samu. Mais um triste episódio de violência contra os profissionais da educação”, lamenta Dias, lembrando que no dia 19 de setembro, o grupo da Apeoesp visitou a escola. “Duas professoras nos mostraram hematomas nos braços causadas por alunos. Além disso, foi lá que um estudante incendiou o carro de uma professora no dia 22 de junho”, completa Dias, lembrando que também na última terça-feira, a vice-diretora da E.E. Isabel Ferreira da Silva, na Vila Brasileira, levou socos e pontapés ao tentar apartar uma briga entre duas alunas no pátio da escola.

Ainda segundo ele, há outros problemas, como o vandalismo registrado no dia 4 de setembro, quando alunos entraram na E.E. Prof. Benedito Borges Vieira e colocaram verniz e urinaram na caixa d’água; o furto de equipamentos eletrônicos na E.E. Américo Sugai, no dia 26 do mesmo mês; e o assalto, no início de setembro, à professora da E.E. Profª Maria Isabel dos Santos Mello, em Jundiapeba, que teve seu carro roubado.

A Secretaria de Estado da Educação informou que a Diretoria Regional de Mogi repudia qualquer ato de violência, seja entre alunos, professores ou funcionários. “Além de estar trabalhando no desenvolvimento de seminários da paz nas escolas, no próximo dia 10, a dirigente regional de ensino tem encontro marcado com o juiz da Vara da Infância e Juventude da Cidade e levará os diretores das escolas apontadas pela reportagem com ela. Na ocasião, discutirão medidas restaurativas. 

A rede conta com a figura dos mediadores de conflitos, que a partir de agora estarão em todas as escolas estaduais. O programa de mediação de conflitos reduziu desde 2014 em 70% registros de ocorrências no ROE – Registro de Ocorrência Escolar. A Secretaria trabalha noções de respeito, o combate à violência e ao bullying permanentemente nas escolas. Uma das ferramentas é o Programa Prevenção Também se Ensina, presente há mais de 20 anos. Todas as escolas recebem materiais para que os professores recebam capacitação e se tornem multiplicadores dentro de sala. A D.E. de Mogi das Cruzes lamenta os casos de furto e roubos, mas informa que são casos de segurança pública, não de educação”, trouxe a nota enviada pela Secretaria.

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