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Ter, 29 de Julho 2014 - 15:05

Desigualdade gera agressões, diz Educação

Apenas neste ano, Apeoesp registrou 76% dos casos de todo o ano de 2013

A desigualdade social é vista como um dos fatores que levam ao aumento de casos de agressão a profissionais que atuam na educação em Limeira. Em todo o ano de 2013, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) registrou 43 casos. Neste ano, já foram 33 ocorrências.

Chefe do Serviço Social Educacional da Secretaria da Educação, Maria Helvira Andrade Martins cita que o cenário de desigualdade acaba refletindo na sociedade. "A sociedade brasileira, infelizmente, é muito desigual e quem acaba sofrendo esse reflexo é a própria sociedade. Falta educação às pessoas", disse.

Para o coordenador da Apeoesp Limeira, Edivaldo Mendes, o problema não está na falta de segurança nas escolas, mas no histórico e na estrutura familiar da criança. "Muitas vezes atinge pais e mães que já registram um histórico negativo. O problema, infelizmente, é a sociedade em que vivemos", disse.

Ainda segundo o coordenador, as consequências de uma agressão ou ameaça podem gerar sucessivos problemas para o profissional da educação e, consequentemente, também para o município."Uma agressão ou uma simples ameaça a um professor, por exemplo, causa reflexos negativos. Com essa situação, eles pedem afastamento das salas de aula. Com isso, são menos profissionais nas escolas. E isso gera um déficit", explicou.

ENFRENTAMENTO
Para combater ou diminuir os casos de agressão no município, a Secretaria da Educação busca, além de diálogos com os profissionais das escolas e com familiares dos alunos, a viabilidade de programas educacionais para o segundo semestre.

O último ato de agressão registrado aconteceu na semana passada. Uma monitora do Centro Infantil "Levy Pereira", no Jardim Glória, foi agredida com um soco no rosto por uma mulher. O motivo da agressão física teria sido uma discussão da profissional com a mãe de uma das crianças por causa de uma chupeta.

De acordo com a pasta, neste caso, foi aberto um diálogo com a monitora agredida e realizada a transferência dela para outra unidade. Já com as famílias, assistentes sociais deverão fazer o trabalho para reunir o histórico de cada uma. "Além disso, estamos desenvolvendo programas sociais para trabalhar junto com as famílias, agora no segundo semestre do ano", destacou Maria Helvira, da Secretaria da Educação.

Lucas Navarro - Jornal de Limeira - 29.07

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