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Sex, 14 de Fevereiro 2014 - 14:29

Docente cita ameaça de desconto em salário por fuga de tumulto em escola

Professores deixaram unidade em São Simão após confusão generalizada. Secretaria de Educação nega desconto e alega que aulas serão repostas.

Uma professora que viu de perto a confusão generalizada entre alunos que aterrorizou uma escola estadual de São Simão (SP) disse ao G1 nesta quinta-feira (13) que os docentes que deixaram a instituição foram ameaçados por uma dirigente de ensino de terem o dia de trabalho descontado da folha de pagamento. Na tarde de quarta-feira (12), funcionários e estudantes da Escola Estadual Capitão Virgílio Garcia foram embora depois de um tumulto que acabou com a apreensão de um adolescente de 15 anos que tentou agredir colegas com pedaços de madeira por causa de um cartão de memória supostamente furtado. Outra confusão aconteceu nesta quinta, quando duas bombas explodiram dentro da instituição e vidros e telhas foram apedrejados.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação negou que a dirigente citada tenha feito ameaças pelo fato de alguns terem deixado a instituição com medo da violência e confirmou que as aulas serão repostas.

Uma professora que prefere não ser identificada alega que a dirigente, cujo nome não foi divulgado, afirmou que quem fosse embora levaria falta. “A ordem era para que cada um fizesse o que quiser, mas que justificasse a sua falta. É um absurdo estar vulnerável a essa situação e ainda ter que ouvir esse tipo de desaforo. Nós professores somos os primeiros a seremos massacrados”, declara.

Outra educadora afirma que o ato de vandalismo já tinha sido anunciado por um grupo de alunos desde o início da semana. Em bando, eles circulavam pela escola, colocando fogo nas cortinas pelo lado de fora e jogando água nos alunos da 5ª série através das janelas. No entanto, o ápice da confusão ocorreu na tarde de quarta-feira (12), quando um aluno de 15 anos alegou que o cartão de memória do celular dele havia sido furtado e ameaçou atacar os alunos com dois pedaços de madeira. “Estamos na linha de frente. Nosso pedido agora é que esse grupo seja expulso da escola”, conta uma educadora.

Região problemática
A Escola Estadual Capitão Virgílio Garcia está localizada próximo a uma linha férrea que corta São Simão, onde circulam trens de carga diariamente. O local, que fica nos fundos da escola, virou ponto de tráfico de drogas e esconderijo para usuários. A situação deixa alunos e professores inseguros há anos. Apesar de contarem com a ronda escolar por parte da PM e da GCM, os professores pedem que a vigilância seja intensificada, principalmente após o episódio de quarta-feira.

Educação
Com relação às aulas perdidas na quarta e quinta-feira, a Secretaria de Estado da Educação informou que as atividades serão repostas em dias ainda a serem determinados. O órgão negou que a dirigente citada pelos professores tenha os ameaçado pelo fato de alguns terem deixado a instituição com medo da violência.

A secretaria ressaltou que tenta identificar os alunos para que eles sejam punidos conforme regimento escolar e que solicitou reforço policial para restabelecer a ordem na escola.

Confusão
Um tumulto generalizado ocorrido na escola estadual acabou com um aluno de 15 anos, da 7ª série, detido na quarta-feira. De acordo com professores, a confusão teve início após o estudante alegar que um cartão de memória do celular dele havia sido furtado. Irritado, o jovem se apoderou de dois pedaços de madeira e tentou agredir os colegas dentro da unidade de ensino.

Educadores contaram que a situação se agravou com a chegada da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, já que o estudante precisou ser algemado e detido pela PM, e em seguida, colegas do adolescente percorreram a escola afirmando que ele havia sido agredido pelos policiais, e tentaram atear fogo no prédio.

Um grupo de alunos voltou a aterrorizar funcionários e colegas na tarde desta quinta. Segundo professores, duas bombas explodiram dentro da instituição no início das atividades, e vidros e telhas foram apedrejados. Com medo da violência, professores e estudantes deixaram a escola.

Do G1 Ribeirão e Franca

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