Doze dias após dois tumultos envolvendo alunos e policiais militares na Escola Estadual Capitão Virgílio Garcia, em São Simão (SP), a Guarda Civil Municipal mantém um esquema de vigilância reforçada na unidade. O departamento de comunicação da Prefeitura confirmou na segunda-feira (24) que, em vez de uma viatura da GCM, circulam pelo local diariamente dois veículos para monitorar os horários de entrada e saída dos estudantes.
A primeira confusão aconteceu no dia 12, quando funcionários e alunos foram aterrorizados e fugiram por causa de um tumulto generalizado que acabou com a apreensão de um adolescente de 15 anos. O menor tentou agredir colegas com pedaços de madeira por causa de um cartão de memória supostamente furtado, segundo professores. No dia seguinte, a escola foi local de outro tumulto em que ao menos duas bombas e pedras foram jogadas, episódio que terminou com a apreensão de nove adolescentes. Houve confronto entre PMs e estudantes.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, embora novos confrontos não tenham sido registrados e os seguranças particulares anteriormente contratados já tenham sido dispensados, a administração municipal decidiu manter duas viaturas de prontidão, às 7h, às 12h e às 18h, quando há grande circulação de pessoas pelo local. Antes da confusão, o procedimento de rotina era manter uma única viatura de prontidão. A medida, segundo o departamento de comunicação, segue por tempo indeterminado.De acordo com a PM, 9 menores foram detidos
Punição de alunos
Por telefone, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação informou que as aulas transcorrem normalmente na unidade e que o Conselho Escolar ainda não definiu os procedimentos contra os alunos envolvidos na confusão na Escola Estadual Capitão Virgílio Garcia.
Investigação sobre PMs
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não falou, até o fechamento desta matéria, sobre o andamento da investigação interna relacionada à postura dos PMs envolvidos na confusão do dia 13 - quando imagens mostraram adolescentes e agentes em confronto.
Naquele dia, nove menores foram apreendidos depois de uma confusão em que policiais foram desacatados e agredidos, segundo a PM. De acordo com o capitão Maurício Tavares, os adolescentes resistiram à abordagem dos policiais com agressividade e obrigaram os policiais a usar de "força não abusiva" para que fosse feita a detenção. Segundo ele, a postura dos policiais foi transparente, mas seria alvo de uma apuração.
G1 - 25/02/2014
