Sex, 24 de Maio 2019 - 16:24
Jovem confessa ter ateado fogo em escola pública em SP após sofrer bullying
G1 - 24.05
Crime aconteceu em Pariquera-Açu, interior paulista. Unidade ficou destruída. Jovem tem 20 anos, foi preso pela polícia em casa e queimou provas do crime.
Um rapaz de 20 anos foi preso após confessar ter incendiado uma escola estadual em Pariquera-Açu, em São Paulo. Ele é ex- aluno da unidade, confessou o crime por sofrer bullying, e também revelou ter queimado as roupas usadas no dia do ataque. Ele foi localizado em casa pela polícia.
O incêndio destruiu partes da Escola Estadual Professor José Vicente Bertoli, no bairro Angatuba. A unidade atende mais de 400 alunos. Uma das salas destruídas era usada por uma turma do 9º ano, livros, móveis, a forração do teto e parte do laboratório de informática também foram destruídos.
A motivação, segundo o delegado Fábio Maia, foi o bullying sofrido ele por moradores do bairro e estudantes da unidade. "Ele deixou a escola há alguns anos, mas afirmou que zombavam dele, principalmente quando jogava bola, e queria fazer algo que chamasse a atenção", explicou.
Na quinta-feira (23), investigadores da Delegacia Sede da cidade cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do jovem, que era investigado como um dos suspeitos. A polícia não divulgou o nome do rapaz, mas afirmou que ele mantinha um comportamento "fechado".
"Cumprimos mandado na casa dele e não encontramos nada ligado ao incêndio, mas, ele assumiu o crime e afirmou que queimou tudo que usou no dia que incendiou o local", afirmou Maia ao G1. Ele foi levado à delegacia, onde em depoimento, explicou a dinâmica do crime.
Incêndio
O criminoso saiu de casa por volta de meia noite do último dia 14, usando uma touca para cobrir o rosto. Ele também levava uma roupa para se trocar após o crime. Na escola, estourou a grade da cozinha, por onde entrou, pegou um isqueiro, e quebrou uma câmera de monitoramento.
"Ela não funcionava, mas ele não sabia. Depois que colocou fogo nas salas, ele queimou tudo que usou: a touca, o isqueiro, a roupa que vestia e a câmera que havia quebrado", disse o delegado responsável pelo caso. A ação foi arquitetada por pelo menos dois dias até ser executada.
O jovem permaneceu detido na unidade, onde foi registrado boletim de ocorrência. A Polícia Civil solicitará a prisão preventiva do criminoso, que permanecerá recolhido na carceragem da unidade e à disposição da Justiça.