Qui, 19 de Outubro 2017 - 16:08
Mais uma escola de Mogi é vítima de criminosos
Na última semana, mais uma escola de Mogi sofreu furto. O alvo desta vez foi a Escola Estadual Professora Maria Rodrigues Gonçalves, no Bairro do Rodeio, que teve parte do estoque de carnes levada pelos criminosos. Só neste ano, esta é a nona ocorrência policial que O Diário noticia envolvendo as unidades de ensino da Cidade. São agressões a funcionários, furtos de equipamentos utilizados nas aulas, de carros de funcionários, entre outros.
No caso do Rodeio, a gerente da escola disse à Polícia que os criminosos quebraram a porta do local em que é servida a merenda e, após a ação, picharam a unidade com grafias que ela não soube identificar o significado. A ocorrência foi registrada no último dia 16 como furto qualificado.
A conselheira do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Mogi, Inês Paz, disse que eles têm conversado com a dirigente regional a fim de que seja cobrado do Estado investimentos não só na educação mas também nas áreas de saúde e segurança. “Os cortes que o governador fez nestes setores criam um problema em cadeia que reflete até mesmo nas escolas”, pontua. Além disso, Inês ressaltou que tem feito audiências com a sociedade para tratar desses problemas a fim de que aconteça um levante popular.
Durante seis anos, o professor Kennedy José de Paula foi diretor da Escola Municipal Professora Etelvina Cáfaro Salustiano, no Conjunto Jefferson da Silva. Neste período, ele teve apenas um caso de roubo na unidade e atribui isso à vigilância que teve com os problemas relacionados à escola. “Os criminosos não gostam de trabalhar, então se eles encontram um caminho para roubar, eles fazem isso. A gente tem que dificultar o acesso deles. Após esta ocorrência, utilizei os recursos da escola para reforçar a segurança, sobretudo no trajeto que eles fizeram. Houve ainda uma tentativa de furto e a as portas ficaram amassadas. Aí eu mandei colocar grade para inibi-los”, disse.
Outra medida adotada pelo professor foi integrar a comunidade à escola, de modo a conscientizar que aquele equipamento é de bem comum. “Estava com um problema de alunos subindo no telhado da escola durante o fim de semana. Os próprios moradores chamavam a guarda Municipal e tudo foi resolvido. Então, além de não deixar esses casos passarem em branco, é importante manter o diálogo”, pontua.
Diante de mais um crime em escola de Mogi, O Diário questionou a Secretaria de Estado da Educação sobre quais medidas serão adotadas para que os casos não voltem a acontecer. A Pasta ressaltou que os investimentos e programas de segurança pública são feitos pela Secretaria da Segurança e não da Educação. “A Secretaria da Educação mantém ação em parceria com a Secretaria da Segurança Pública e com a Ronda Escolar, da Polícia Militar”, trouxe o texto enviado à reportagem.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que diante do registro da ocorrência, a equipe da unidade trabalha para identificar e prender os autores. “A Polícia Militar esclarece que irá analisar as denúncias dos moradores da região para redirecionar o policiamento na área, realizado pela 1ª Cia do 17º BPM/M”.