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Qui, 17 de Março 2016 - 19:51
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo enviou um ofício nesta segunda-feira (14) para a Corregedoria da Polícia Militar pedindo apuração da conduta de policiais na Escola Estadual Marilena P. Chaparro, na Zona Oeste de São Paulo. Alunos relatam agressões após um protesto por melhorias na escola na sexta-feira (11).
O ofício diz que “vídeo gravado por aluno mostra policial puxando um adolescente pelos cabelos e atirando bombas de efeito moral”. Procurada pelo G1, a Corregedoria ainda não se manifestou sobre a apuração.
Nesta terça-feira (15), pais de alunos, representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Diretoria de Ensino Norte I se reuniram. Segundo a Apeoesp, “os presentes reivindicaram a punição dos responsáveis, ou seja, da Diretora da Escola e dos policiais envolvidos”.
A dirigente regional propôs uma nova reunião em 15 dias. Em nota, a Apeosp informou que a data foi considerada “insuficiente”, porque a “cada dia que passa as provas estão sendo apagadas. Há suspeita de que o boletim de ocorrência feito pela diretora falsifica os acontecimentos, bem como, a destruição das filmagens feitas pelas câmeras do interior da escola”.
Entenda a acusação
Alunos dizem que foram agredidos por policiais militares após uma manifestação em frente a sala da diretora. O caso foi registrado por alunos (assista ao vídeo acima). A Polícia Militar informou que "vai analisar as imagens e se constatada irregularidade na conduta policial, tomará as medidas cabíveis". A diretora da escola foi afastada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Os estudantes dizem que aproveitaram o horário do recreio para protestar por mais ventilação nas salas de aula, acesso à biblioteca e à informática. Após o intervalo, eles decidiram permanecer no pátio protestando em vez de voltar para as salas. A diretora da escola chamou a Polícia Militar, que entrou na escola.
Um vídeo mostra um estudante de moletom azul sendo arrastado por um policial. "Eles entraram achando que estavam entrando na Febem", disse o aluno de 16 anos que aparece no vídeo, referindo-se à Fundação Casa. "Fui falar com eles que somos alunos. Ele deu uma cacetada no meu rosto e me arrastou."
Paula Paiva Paulo - Do G1 São Paulo