Conforme o estudo, 42% dos professores disseram ter presenciado alunos sob efeitos de drogas e 29% afirmaram ver tráfico de drogas nas escolas. Além disso, 57% consideram violentas as escolas onde lecionam. Entre aqueles que trabalham em instituições no centro das cidades, 45% acham as escolas perigosas. Já os que atuam na periferia mostraram maior apreensão com a violência, 63% dos casos.
As principais vítimas são os professores homens, que lecionam no ensino médio. Disseram ter sofrido violência 65% deles, enquanto as mulheres representam 45% das vítimas. A maioria dos educadores (74%) acredita ainda que falta de respeito e de valores é a principal causa de violência nas escolas. Outros 49% apontaram ausência de educação em casa e 47% culparam a desestruturação familiar.
Para Maria Izabel, os números sobre violência nas escolas servem para justificar o alto número de educadores doentes. 'Se eu casar a pesquisa da violência nas escolas com a pesquisa do adoecimento dos professores, fica claro que o grau de síndrome do pânico, estresse, advêm da agressão verbal, do assédio moral que eles sofrem nas escolas. Então, cresce o número de licenças médicas e isto acaba fazendo com que o professores se afastem', disse.
Fernanda Cruz - Terra - 02/09/2013 - Edição: Carolina Pimentel