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Qui, 13 de Fevereiro 2014 - 15:47

Professor é agredido por aluno dentro de escola em São José

Estudante de 15 anos foi apreendido pela PM; caso aconteceu na zona leste de S. José

Querido por alunos e ex-alunos, o professor de física Celso Lisboa, 50 anos, foi agredido pelo estudante K.F.M.S., de 15 anos, na noite de anteontem na Escola Estadual Professor Xenofonte Strabao de Castro, no Jardim Santa Inês 1, zona leste de São José dos Campos.

Segundo a Polícia Militar, o professor estava dando aula e saiu da sala para pedir que um grupo de alunos de uma outra classe parasse de fazer barulho no corredor. K.F.M.S deu um soco no rosto do professor. Os óculos da vítima caíram e, quando Lisboa abaixou para apanha-los, recebeu do adolescente mais dois pontapés.
Segundo a Polícia Militar, o garoto agiu com truculência até mesmo com os policiais, tendo resistido à apreensão.
K.F.M.S. foi levado à Diju (Delegacia da Infância e Juventude) na própria noite de terça-feira. Segundo a Polícia Civil, ele passou a noite na Fundação Casa e seria encaminhado à Vara da Infância e Juventude, onde o juiz decidiria se o jovem ganharia o direito de responder à agressão em liberdade ou se voltaria para unidade de recuperação.
O TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) não informou ontem o que foi decidido sobre o adolescente.

Apeoesp. Segundo o diretor regional da Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Gilmar Ribeiro, embora sejam poucos os casos de agressões a professores dentro das escolas que chegam às delegacias, o problema é diário.
“Os casos que vão parar na polícia são apenas os que extrapolam. Mas a violência psicológica, com desrespeito, com xingamentos e até com ameaças é diária”, disse.
Segundo Ribeiro, falta preparo de profissionais para conter os alunos em situações de crise. “É como o que acontece com a PM. Para entrar, é preciso alguns atributos físicos. Tem inspetor de 60 anos. Como eles vão intervir em situações críticas?” afirmou.
Ainda segundo ele, as escolas não contam com psicólogos. “São inexistentes na maioria das escolas, sendo que poderiam trabalhar mais as causas junto aos alunos”.

Estado. A Secretaria de Estado da Educação disse que irá intensificar o trabalho do professor-mediador, que já existe na Escola Estadual Professor Xenofonte Strabao Castro, onde ocorreu o problema.
Por meio do projeto, um profissional fica responsável pela mediação dos conflitos “identificando as vulnerabilidades e traçando estratégias preventivas”. A pasta diz ainda que a escola “não apresenta histórico de agressões e também está inserida nas campanhas contra a violência”.

Números. Em 2013, o MEC (Ministério da Educação) divulgou pesquisa afirmando que 4.200 professores de português e matemática, dentre um total de 225 mil questionados, afirmaram ter sofrido algum tipo de violência no âmbito escolar. Os docentes responderam a uma pergunta em questionário anexado à “Prova Brasil”, exame realizado pelo MEC a cada dois anos para avaliar o grau de conhecimento dos profissionais.

 

Caroline Lopes - O Vale - 12.02.14

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