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Ter, 22 de Maio 2018 - 19:12

Professores cobram resposta da Diretoria de Ensino para casos de violência em Mogi

O Diário 16.05 - Por: Natan Lira

Uma cena que aparece constantemente nos noticiários se repetiu ontem em Mogi das Cruzes. Professores protestando por melhores condições de trabalho e, sobretudo, por segurança após os recentes casos de violência nas escolas da Cidade. Eles foram à sede da Diretoria Regional de Ensino porque tinham a informação de que a dirigente Rosania Morales Morroni estaria no prédio. No entanto, ela não foi encontrada. A supervisora Marta Cristina Tirrone se ofereceu para conversar com os professores, mas eles não aceitaram.

No próximo dia 18, os professores voltarão a se reunir para elaboração de um projeto contra a violência nas escolas, que deve ser apresentado em encontro marcado para o dia 22 com a dirigente de ensino.

A coordenadora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Mogi, Vânia Pereira da Silva, disse à reportagem de O Diário que eles querem conversar com a dirigente para propor um fórum municipal de paz a fim de unir as escolas e a comunidade para debater os recentes casos de violência e alternativas para sanar os problemas. “Do jeito que as coisas estão, se a gente não se unir, elas vão ficar bem pior. É um problema do educador, sim, porque a educação resolve muitos outros problemas sociais”, enfatiza.

Gabriel Cunha é professor de geografia da Escola Estadual Historiador Isaac Grinberg, no Jardim Santa Teresa. Ele avalia que o problema na educação não é só de Mogi, mas que é necessário encontrar meios para reverter a situação. Cunha lembrou o caso ocorrido em Suzano e disse que se a violência chegou até a porta de uma escola é porque a base, que é a educação, está com problemas. Ele criticou a exaltação à policial que atirou no criminoso. “É o ápice da espetacularização”, disse.

O professor Roberto Fukumaro diz que o professor lida diariamente com os casos de violência, que em algumas situações vêm dos próprios pais. “Tivemos um caso de professora que teve o carro queimado em Jundiapeba. Então, se a gente não abre as portas da escola para os pais e a comunidade, não vamos conseguir resolver isso”, pontuou.

A Diretoria Regional de Mogi das Cruzes informou que a Apeoesp não solicitou reunião nos últimos dias e que mantém a mesa de negociações com a entidade aberta. Na segunda-feira (14), a dirigente de Ensino, Rosania Morales Morroni e a coordenadora do Sindicato estiveram juntas na reunião do Conselho Municipal de Segurança, mostrando que o trabalho pela educação deve acontecer em conjunto e não com movimentos programados que em nada colaboram com avanços educacionais.

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