A pesquisa “A educação e os profissionais da educação”, realizada a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ouviu 3.000 pessoas de todo o país no mês de setembro. Os casos mais recorrentes de violência relatados foram agressão verbal (40%), física (35%), bullying (23%), vandalismo (21%), e discriminação (16%) e roubo (12%). Violência sexual e assassinato também são mencionados, em menor número.Para 32% dos entrevistados, a qualificação e preparação dos professores representam o que há de mais importante para se obter educação de qualidade. Também são mencionados a preparação do aluno para o mercado de trabalho (15%), melhores salários aos professores (14%), infraestrutura (12%), fim da reprovação automática (12%), entre outros itens.
Ganhos - Como benefício do ensino qualificado, 55% disseram que haveria redução da violência. Em segundo lugar, o combate à pobreza (50%). Empregos melhores (44%) ficou na terceira colocação.
O estudo ainda apontou que, para 59% dos brasileiros, o país está longe de ter uma educação de qualidade. Outros 33% acreditam que o Brasil está “próximo” de atingir tal objetivo e 6% afirmam que essa meta já foi conquistada.
Em relação às perspectivas de entrada no mercado de trabalho, os entrevistados se dividiram – 48% consideraram que quem estuda em escola particular tem melhores chances. Já 45% dizem que o tipo de escola não influencia no futuro emprego. Para 6%, quem dissesse que a escola pública assegura mais possibilidade de empregos melhores.
“A educação é vista hoje como a porta de futuro de uma sociedade melhor”, afirmou Renato Meirelles, presidente do Data Popular.
Para Meirelles, existe um descompasso entre a importância simbólica dada ao professor e o valor que a população imagina que o profissional receba. “Perguntamos qual a profissão com nível superior com os melhores salários. O professor apareceu com 1% das citações. Depois, perguntamos qual deveria ser a profissão melhor remunerada. Aí eles apareceram no topo da lista”, completou Meirelles.
O Tempo - 22/11/2014