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Seg, 02 de Setembro 2019 - 17:15

Três meses depois, escola volta a ser alvo de arrastões na Zona Sul de SP

Jovem Pan - 02.09

 
 
Moradores do bairro Jardim Maria Sampaio, na Zona Sul de São Paulo, reclamam da falta de segurança à noite nas imediações da EMEF Fagundes Varella. No último dia 28, um arrastão no estacionamento da instituição de ensino fez a sensação de insegurança piorar.
 
Câmeras do circuito interno flagraram a ação de três assaltantes. Nas imagens, é possível ver os criminosos se aproximando. Eles abordam os funcionários e pedem para descerem do carro e fugirem. Dois deles estavam armados e levaram joias, documentos e celulares.
 
Uma professora vítima do assalto, que não quis se identificar, conta como a ação ocorreu. "Nisso vinha um outro professor atrás. Ele pediu para o professor sair do carro e pediu o celular. Ele levou pertences, documentos, celular e o carro também."
 
Não é a primeira vez que um caso como este ocorre no local. Essa mesma professora já havia sido surpreendida por criminosos meses antes. No dia 22 de maio, um trio de assaltantes levou carteiras, celulares, alianças e pertences de, pelo menos, oito funcionários e ainda roubaram dois carros. Na época, a reportagem da Jovem Pan cobrou as autoridades e o policiamento foi reforçado na região.
 
No entanto, meses depois, os funcionários e moradores reclamam que estão desamparados. "Nós estamos ali bem vulneráveis para esse tipo de ataque. O policiamento está difícil. A gente conta com a justiça divina e pede pela vida."
 
Policiamento 
 
De acordo com funcionários, a direção da escola já havia solicitado reforço no policiamento à noite por notar uma movimentação estranha nos últimos dias. O levantamento do livro de rondas da Guarda Municipal aponta que em março foram registradas três rondas, outras duas em abril, nove em maio e, após o arrastão noticiado pela Jovem Pan, subiu para quinze em junho. Em julho, período de recesso escolar, o número de rondas caiu para cinco e em agosto foram registradas apenas seis.
 
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana não respondeu os questionamentos da reportagem sobre o porquê da diminuição de rondas no período. Em nota, informou apenas que a Guarda Civil Metropolitana atua com policiamento fixo e rondas nas unidades escolares do município, que são revistas de acordo com as solicitações da direção das escolas.
 
Neste ano, o órgão afirma que já foram realizadas mais de 78 mil rondas entre janeiro e julho. Já a Secretaria de Segurança Pública do Estado negou que o policiamento ostensivo e preventivo na região tenha sido reduzido.
 
Em nota, informou que no dia do crime, PMs que estavam nas proximidades localizaram o carro roubado de uma das professoras. Os policiais encaminharam dois homens para prestar depoimento na delegacia, mas os suspeitos não foram reconhecidos pelas vítimas.
 
* Com informações da repórter Marcella Lourenzetto
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