Qui, 25 de Abril 2013 - 14:22

Vice-diretora é agredida dentro de escola no Capão redondo, em SP

Agressão ocorreu durante horário de aula, segundo ela. Vítima registrou a ocorrência na polícia e aguarda andamento do caso.

A vice-diretora da Escola Estadual Carolina Cintra da Silveira, Sue Ellen Negri, de 30 anos, diz ter sido agredida, na quinta-feira (18), por três mulheres que acompanhavam a mãe de uma aluna. O colégio fica no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo.

A vice-diretora contou ao G1 que ouvia a queixa da mãe de uma aluna que brigou com outra criança, nas redondezas da escola, quando houve a agressão. Apesar de não haver vínculo com a instituição de ensino, o atendimento à mãe foi feito dentro do horário de aula, por volta das 19h30.

As acompanhantes, segundo Sue ellen, aguardavam do lado de fora da sala e começaram a ouvir funk em volume alto. A vice-diretora, então, pediu para que elas desligassem o aparelho mais de uma vez. Como o pedido foi ignorado, Sue Ellen pediu que as três mulheres se retirassem da escola. “Elas falaram: Então vem tirar a gente!”, lembrou. Foi quando a agressão começou, segundo ela. “Eu só conseguiu proteger o rosto com a mão que eu segurava uma caneta. Acabei machucando uma delas”.

Muito abalada e com marcas de agressões pelo corpo, a vice-diretora decidiu fazer uma denúncia sobre o ocorrido. “Esse tipo de coisa acontece por aí, mas as pessoas não denunciam”, lamentou.

Muito querida pelos colegas e pelos alunos do colégio onde trabalha, a vice-diretora recebeu diversas cartas das crianças dando apoio para que ela se recupere. "É isso que me dá força para ir em frente".

A Secretaria da Educação disse não ter responsabilidade sobre o caso, já que a agressão não partiu de pessoas que fazem parte da escola, como alunos, docentes ou funcionários. Apesar disso, lamentou o ocorrido.

Sue Ellen registrou um boletim de ocorrência no 47º Distrito Policial e passou por exame de corpo de delito. Ela ainda não retornou à escola após o ocorrido, mas deve voltar ao trabalho nos próximos dias. Ela aguarda ser chamada para prestar depoimento sobre o caso.

 

Julia Basso Viana - G1 - 24/04